domingo, 22 de janeiro de 2012

A felicidade tem o tamanho que quisermos

Já no meio da missa aquele cheirinho de cinema estava acabando comigo.
É que um pipoqueiro esperto, que notou a capacidade do Padre Beto de lotar a igreja aos domingos, adotou a esquina como ponto há alguns meses.
E exatamente às 12:30 ele nos tortura com uma leva fresquinha e cheirosa de pipoca, doce e salgada, capaz de incitar a gula em qualquer cristão.
O sujeito é tão inescrupuloso, que espera a comunhão para nos fazer pecar em seguida. Basicamente é, com o perdão do pleonasmo, a fidelização dos fieis. À missa e à pipoca, de modo que todos estejam ali de volta na semana seguinte.

Pois então, na saída eu me rendi a um pacotinho médio da doce.
Sim, aquela pipoca dos velhos tempos, feita com groselha, que lambuza a mão da gente e faz nossos corações sorrirem conforme a glicose vai se misturando à corrente sanguínea.

E isto fez com que eu me lembrasse da minha infância, quando meu pai comprava pipoca para nós, sempre pedindo ao pipoqueiro um pacotinho "Mezzo a mezzo", que era para dar uma quebrada nos sabores e deixar a família toda contente.

Às vezes, a felicidade cabe num saquinho se pipoca ;)

Tenham uma semana feliz!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Um dia...

Passando por aqui só para dizer que, um dia, quando eu estiver bem velhinha se Deus quiser, irei me divertir à beça lendo meus blogs, minhas histórias e relembrando-me de como fui feliz e abençoada com uma vida rodeada de anjos.

I see trees of green, red roses too
I see them bloom for me and you
And I think to myself, what a wonderful world

I see skies so blue and clouds of white
The bright blessed days, the dark sacred night
And I think to myself, what a wonderful world

The colors of the rainbow, so pretty in the sky
Are also on the faces of people going by
I see friends shaking hands, saying, "how do you do?"
They're really saying, "I love you"

I hear babies cry, I watch them grow
They'll learn much more, than I'll never know
And I think to myself, what a wonderful world

Yes, I think to myself, what a wonderful world

Louis Armstrong
What a wonderful world

domingo, 14 de agosto de 2011

Blog-Bazar para doações de objetos diversos

Gostaria de convidá-los a visitar meu novo blog, de doações e vendas a precinhos camaradas de objetos diversos:

Tenda 2 Milagres Bazar

Bom proveito!
Ana

domingo, 31 de julho de 2011

Fazendo arte

Quando eu era bem pequena e morávamos em São Bernardo, eu e minha mãe costumávamos fazer vários desenhos de bonequinhas com cabelos de lã colorida e mandar tudo por correio para o programa do Bambalalão.

Nossa diversão, além da aulinha de artes em si, era assistir ao programa e nos deliciar com as vezes em que nossos desenhos apareciam no ar.
Era sensacional, nossos segundos de fama !

Com saudades daquele tempo, resolvemos fazer aulas de cartonagem na Scrap Spot, escola e lojinha de materiais de scrap aqui na Vila Mascote.

Nem preciso dizer que eu e minha mãe tivemos uma manhã maravilhosa, regada a ótimas conversas, chocolate quente e dicas muito especiais da nossa professora Dani.

Fica aqui uma foto com o resultado do nosso "árduo" trabalho :-)


Beijos e até a próxima !

sexta-feira, 22 de abril de 2011

A hora do Terror

Esta semana me veio à memória um acontecimento fatídico da minha adolescência.

Era uma tarde chuvosa, regada a raios e trovões, daquelas em que a garotada acaba tendo que ficar muvucada dentro de casa e suas cacholas brilhantes começam a entrar em curto circuito, procurando alguma diversão.
O cenário era uma casinha de campo antiga da minha avó, simples e sem laje, com quase nenhum conforto, que ficava dentro de uma chácara.

A velha vitrola, já cansada de tocar os mesmos vinis de sempre (Biquini Cavadão, A Gata Comeu, o álbum Faith do George Michael e outros "grandes sucessos" da época) agora descansava em silêncio por conta da falta de luz trazida pela forte chuva.

A mesa de sinuca, com seu forro rasgado, enfeitada com calombos diversos em sua superfície (gerados pela enorme habilidade da criançada em encaçapar a ponteira dos tacos no feltro) já entediava a turma, que estava cansada por haver passado grande parte da manhã jogando.

Eis que alguém teve a brilhante idéia de fazer uma festa do terror.

Os adultos tinham todos saído, só havia sobrado a minha mãe - que diga-se de passagem, também não tinha muito juízo.

Acendemos várias velas pela casa e com lençóis e roupas velhas nos vestimos de monstros e fantasmas.

Alguém lambuzou a cara com a maquiagem da minha mãe para simular um zumbi, outros se besuntavam com catchup para um visual mais sangrento. Posicionamos minha irmã estrategicamente no centro de uma mesa que tinha um buraco no meio, para que ela parecesse não ter corpo e ficasse com a cabeça girando para um lado e para o outro.

Papo vai, papo vem, aquela escuridão lascada, aliada a um clima sinistro no ar, os monstros zanzavam pela casa, sem rumo, já com medo uns dos outros.

De repente ouvimos alguém bater com força na janela de vidro da sala, mas ninguém consegue avistar quem foi.

A família Adams toda corre para a cozinha para se proteger.
Então ouvimos alguém forçar a maçaneta da porta dos fundos.
A adrenalina sobe, o pânico se instaura e as pernas ficam bambas.
Alguns querem gritar, mas os mais prudentes fazem sinal de silêncio.
A esta altura, já não se sabe para onde se deve correr.
A porta dos fundos é mas uma vez forçada.
Todos voltam para a sala, mesmo sabendo do perigo ao qual nos exporíamos, por conta da visibilidade que a grande janela de vidro ainda sem cortina proporcionava a quem estivesse do lado de fora da casa.

Numa tentativa de desvendar o perigo e visualizar o inimigo, as cabeças se voltam para janela e os pescoços se curvam para a parte externa da casa na direção da cozinha.

Nada se avista, até que, quando estão todos praticamente grudados na janela, uma criatura com uma juba enorme, peluda, parecendo um gorila, vem urrando em nossa direção.

Após isto não me lembro bem ao certo o que ocorreu.
Alguns desmaiaram, outros ficaram em estado de choque.

A única coisa que eu consegui registrar na memória foi a cara do monstro, que ficou paralisado de horror com nossos gritos. E quando o engraçadinho do meu primo tirou a máscara de gorila só se pôde ver sua cara branca e seus olhos arregalados, frutos do mais genuíno susto.


Esta é um relato real ocorrido no Mendanha - RJ. As pessoas aqui relatadas tiveram que fazer uma longa terapia de reposição emocional por diversos anos.
O gorila se casou e hoje vive feliz no Rio.
Minha mãe teve que comprar novas maquiagens e no dia em que fizemos hot-dog após este evendo faltou catchup.
Não tentem fazer em casa.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Vitamina de mamão

É isso aí ! O Mamão está mais vitaminado, colorido e saboroso. Agora só falta eu conseguir descobrir onde foram parar o benditos parágrafos e espaçamentos de linhas por aqui :-) Beijos e até breve!

quinta-feira, 31 de março de 2011

Este mamão está passado...

Mulherada do Mamão, cade vocês ?! Precisamos da uma revitalizada aqui, senão o mamão estraga :-) Esta semana estava me lembrando de algumas coisas boas da infância, e logo me veio à cabeça as benditas pastilhas de Mastiguinhas. Muito gente da minha idade nem se recorda, mas guardo com muito carinho memórias daquelas deliciosas balas vitaminadas coloridas, que minha mãe guardava em cima do armário mais alto da casa (e , se pudesse, guardava no telhado), pois já dizia a embalagem, só se podia comer 1 por dia. Vale dizer aqui que nem Freud explica esta restrição, pois nunca ouvi relatos deste tipo "Criança morre após comer duas cápsulas de Mastiguinhas" ou "Surto de desmaios e mal-estar se abate sobre menores cujos pais liberaram mais de uma Mastiguinha num mesmo dia aos seus filhos.

Outro dia coloquei dois comprimidos de um polivitamínico numa caixinha daqueles de remédios para velhinhos (com 4567853135 compartimentos) e o cheiro me lembrou muito o das Mastiguinhas.


Mas sem o colorido, o glamour e o sabor de infância, é claro !

Ana Barros é escritora nas horas vagas e de vez em quando some por meses de seus blogs. Apesar de alegar que a vida anda corrida, desconfia-se que seu sumiço seja somente preguicinha mesmo. Acaba de comprar um micro novo, de maior mobilidade, para sua casa e prometeu se dedicar mais aos blogs. Ninguém acreditou, mas no fundo ela é boa pessoa e até que merece um crédito.